Apresentação

Interessado em deslocamentos físico e mental para mudar referências e percepções, Matias Duville se coloca em diferentes situações para entender como ele e o seu trabalho se transformam. Com seus desenhos em carvão, tinta ou com lama, Duville propõe realidades paralelas e discussões sobre a paisagem e o caos. Para ele o ato de desenhar vai além: é estar atento a qualquer acidente ou perda de controle, é autoconhecimento. “conforto demais não é bom”, afirma o artista que montou um ateliê móvel no Alasca, para criar uma série de desenhos ligados à imaginação, ao atravessamento físico e intelectual da natureza e à memória, e visita frequentemente uma land art que criou no interior da Argentina para entender mutações externas e internas. Sua vida no ateliê está ligada a momentos de acerto e erro, de domínio e perdição. O desenho é uma janela poderosa e, por isso, quando está criando, ele expande a geografia mental, entrando num estado hipnótico que o leva para as muitas dimensões que ele mesmo elabora. Seu espaço de trabalho é a própria mente.

Beta Germano. Workspaces of Latin American Artists. Publisher Cobogó/Act., 2019

 

 

Obras
Biografia

Matias Duville [1974, Buenos Aires, Argentina] vive e trabalha entre Buenos Aires e Mar del Plata, Argentina. Entre seus projetos mais recentes estão Cenizas de Mañana, texto crítico de Jacopo Crivelli Viconti, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil, Vertices of Time, Barro, New York [2024];  El Fondo Inestable, Barro, Buenos Aires [2023]; Arena Parking, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro [2021]; Hotel Palmera, curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro, Colección Amalia Lacroze de Fortabat, Buenos Aires [2020]; Desert Means Ocean, MOLAA - Museum of Latin American Art, Los Angeles; Romance Atómico, Barro, Buenos Aires; The Valise Project, MoMA - Museum of Modern Art, Nova York [2017]; Arena Parking, Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Mutações, MAM - Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro [2015]; Precipitar una espécie, Barro, Buenos Aires [2014]; Discard Geography, Ecole de Beaux Arts, Chapelle des Petits-Augustins, Paris; Safari, Malba - Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Buenos Aires e Alaska, Drawing Center, Nova York [2013]. As obras de Duville fazem parte de importantes coleções públicas como a do MoMA - Museum of Modern Art de Nova York, da Tate Modern de Londres, do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía de Madrid, do MOLAA - Museum of Latin American Art de Los Angeles, do Solomon R. Guggenheim de Nova York, do Blanton Museum de Austin, do MALI - Museo de Arte de Lima, do Malba - Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires; do MAR - Museu de Arte do Rio no Rio de Janeiro, entre outras. Participou de residências como InclusArtiz, curadoria de Pablo León de la Barra, Rio de Janeiro [2018]; LARA - Latin America Roaming Art, Galápagos [2016] e Sam Art Project, Paris [2013].

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